Evento do Projeto Polo de Moda do Marajó destaca moda autoral marajoara em Belém

Imagem: Modelo desfila primeira coleção do Coletivo Marajó (Mo.So Magazine)

Na última terça-feira, 30/05, o Projeto Polo de Moda do Marajó escolheu o Parque Estadual do Utinga, em Belém do Pará, para apresentar marcas de moda autoral e designers voltados para a rica cultura marajoara. Com bordados, símbolos e estampas milenares da cultura cabocla marajoara, o evento contou com a realização de 11 desfiles. Marcas como Val Valadares, Madame Floresta, Canybó, Seiva Amazon Design, Isabela Sales, Amazônia Zen, Arte Genuína, Mãos Caruanas e Na Figueredo mostraram suas coleções, cada uma com sua abordagem única.

O evento contou com a presença de representantes municipais, secretários de estado, conselheiros, diretores do Sebrae, além de representantes de federações, associações, empreendedores e jornalistas, todos prestigiando a riqueza da moda autoral e sustentável do Marajó.

Em uma entrevista exclusiva concedida ao Mo.So, Rubens Magno Junior, diretor superintendente do SEBRAE PARÁ, destacou a importância do evento: “Esse evento é a segunda parte de um movimento importante que nós estamos fazendo. Sebrae se juntou com o Senar e com o Senai para trabalhar a criação de um polo de moda, o Polo de Moda do Marajó, que o principal objetivo é cada vez mais difundir não só para o Pará mas pro mundo todo a moda marajoara”.

Magno Junior enfatizou ainda que “essa é uma característica da Amazônia, uma característica da nossa Terra que vem do Marajó e dessa forma o que nós queremos é disseminar o conhecimento ancestral desse modo de fazer essas camisas marajoaras colocar de novo para o mercado a moto original e também fazermos uma releitura desse produto que nós queremos é transformar um grande arranjo produtivo local para que pessoas do Marajó, pessoas de Belém e pessoas de outras regiões da Amazônia possam se unir e criar cada vez mais o fortalecimento da moda autoral na Amazônia legal”.

A designer Val Valadares apresentou sua coleção “Uirapuru”, inspirada no pássaro que é símbolo de cores e vida na região amazônica, destacando sua conexão com outras marcas e associações, além do reaproveitamento de resíduos de tecidos como parte do DNA de sua marca.

Madame Floresta, marca genuinamente paraense criada pela estilista Graça Arruda, trouxe à passarela peças que celebram a natureza e a cultura amazônica, com um forte compromisso com a sustentabilidade e a autenticidade em cada detalhe.

A marca Canybó, inspirada na cultura marajoara, encantou o público ao mesclar o tradicional com o contemporâneo, oferecendo uma experiência única em suas criações que contam histórias ancestrais dos marajoaras.

A Seiva Amazon Design, que nasceu em 2021, se destacou pela produção em rede com famílias de seringueiros, utilizando biomateriais elaborados a partir de pesquisas que misturam borracha natural e fibras vegetais, valorizando o desenvolvimento humano e a preservação da floresta.

Isabela Sales apresentou acessórios em cerâmica e câmaras de pneu, demonstrando criatividade e ancestralidade em cada peça, enquanto a Amazônia Zen celebrou a natureza, tradição e amor pelo Brasil em suas criações.

A Arte Genuína, inspirada na cultura dos povos amazônicos, destacou-se pelo cuidado em cada etapa do processo de produção, enquanto Mãos Caruanas, com sua inspiração na história milenar da civilização marajoara, trouxe joias naturais em cerâmica.

Além dessas marcas, o desfile “Na Figueredo” e “Coletivo Marajó” também marcaram presença, representando a identidade e a diversidade cultural da região amazônica, ao mesmo tempo em que celebram a habilidade artesanal e a inovação tecnológica.

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