Fashion Revolution em Belém: Reflexões sobre moda sustentável na Amazônia

Imagem: MoSo Magazine

No dia 23 de abril, terça-feira, Belém do Pará foi palco da roda de conversa promovida pelo Fashion Revolution, movimento global sem fins lucrativos que busca reformar a indústria da moda, trazendo à tona a necessidade de maior transparência na cadeia de abastecimento. Sob o tema “Moda na Amazônia: Do Invisível ao Tangível”, profissionais e ativistas da Região Norte discutiram os desafios e oportunidades da moda sustentável na região.

O evento abordou dois momentos distintos. O primeiro focou em trabalhos de biojoias, estamparia botânica e algodão agroecológico, destacando a importância de práticas sustentáveis e respeitosas com o meio ambiente. Tainah Fagundes, Ludimila Heringer e Lenise Oliveira trouxeram suas experiências e perspectivas sobre o tema.

Ludimila Heringer, Lenise Oliveira, Naisha Cardoso e Tainah Fagundes após a roda de conversa – Foto: MoSo Magazine

Na segunda parte da conversa, profissionais como Barbara Muller, Irlandio Matos, Naisha Cardoso e Larissa Borari debateram a relação entre a produção de joias e o impacto ambiental, ressaltando a necessidade de repensar os padrões de consumo e buscar alternativas sustentáveis.

Naisha Cardoso, Irlandio Matos e Barbara Muller durante a roda de conversa – Foto: MoSo Magazine

Lenise Oliveira, do Instituto Iande, ressaltou o potencial da região para promover uma moda mais sustentável e consciente. “A Amazônia possui um capital intelectual único, que precisa ser valorizado e preservado. Nosso trabalho vai além da moda, buscamos promover uma verdadeira regeneração ambiental e social”, enfatizou.

Profissionais do ramo, como Tainah Fagundes, Ludimila Heringer e Larissa Borari compartilharam suas experiências e visões sobre a moda sustentável na Amazônia. Tainah destacou a importância de resgatar práticas ancestrais e estabelecer relações mais justas e transparentes na cadeia produtiva. Já Ludimila ressaltou a valorização dos recursos naturais locais, buscando alternativas criativas e sustentáveis para sua produção baseada na estamparia botânica.

Canto Coworking, Ed. Manoel Pinto, sede do evento. Foto: MoSo Magazine

Naisha Cardoso, joalheira com sua marca homônima e organizadora do evento, destacou em entrevista ao Mo.So, sobre a importância da roda de conversa dentro da Semana do Fashion Revolution, ressaltando que o evento não se limita apenas à moda, mas amplia o debate para questões de transparência e justiça social.

“O Fashion Revolution atua na esfera da consciência. Fazemos debates, provocamos, mas não temos todas as respostas. Precisamos fazer perguntas e despertar o sentimento de autoestima nas pessoas para que elas se posicionem de acordo com o nível de maturidade do seu trabalho. É uma oportunidade para conscientizar as pessoas sobre a procedência dos produtos que consomem e pressionar as empresas a adotarem políticas mais transparentes”, afirmou.

O evento destacou a importância da transparência na cadeia de abastecimento, valorização da cultura local e busca por práticas mais sustentáveis e justas. Com iniciativas como essa, o Fashion Revolution reafirma seu compromisso em transformar a indústria da moda para um futuro mais consciente no mercado de moda.

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