Imagem: Pietro D’Aprano/Getty Images
Para a coleção resort 2025 de Max Mara, o diretor criativo Ian Griffiths encontrou inspiração em Marco Polo, o comerciante veneziano que viajou da Europa para a Ásia no século XIII, vivendo na China por 17 anos. A coleção celebra o 700º aniversário de seu falecimento, refletido no livro “Il Milione” ou “As Viagens de Marco Polo”, que descreve suas experiências. O desfile ocorreu no Palazzo Ducale em Veneza, um prédio histórico gótico com vista para a lagoa, onde Marco Polo ajudou a fundar o comércio de luxo entre o Oriente e o Ocidente.
Griffiths escolheu Veneza como palco da coleção por ser uma cidade mágica e um símbolo do comércio lucrativo que gerou beleza, assim como a indústria da moda contemporânea, incorporando sedas e caxemira, materiais provenientes das regiões que o explorador visitou, como a Mongólia. Ele ressaltou que a coleção não era uma representação literal da época de Marco Polo, mas uma interpretação moderna e sofisticada.
A coleção foi mais elaborada do que o habitual para Max Mara, incluindo malhas com motifs geométricos e triangulares, padrões de damasco com fios dourados e motivos florais estilizados associados ao zoroastrismo, hinduísmo e ao conceito chinês de yin e yang. O destaque foram os casacos e um novo Teddy Coat bordado com pedras preciosas em tons de creme, dourado e marrom.
O diretor criativo também revisitou sua coleção de formatura da Manchester Polytechnic, inspirada na monumentalidade das igrejas italianas e nos mosaicos de São Marcos, que formaram a base de sua coleção final em 1985. Os quatro looks finais foram reinterpretados 40 anos depois, mostrando túnicas fluidas com turbantes gigantes criados pelo designer de chapéus britânico, Stephen Jones.
A coleção resort 2025 de Max Mara não apenas homenageia a herança de Marco Polo, mas também celebra a contínua influência de Veneza como um nexo cultural e comercial, proporcionando uma fusão única de história e moda contemporânea.
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